Os poemas de Jorge Miguel Marinho falam de adolescência com muita sensibilidade e delicadeza, sem utilizar estereótipos ou subestimar o jovem leitor. A juventude, retratada em pequenos e precisos fragmentos nos poemas do livro, é encarada como um tempo de transformações, no qual se intercalam momentos de fragilidade e coragem, dor e euforia. Se o autor não subestima a juventude como um período de superficialidade e inconseqüência, tampouco a idealiza como um momento de ausência de dor, antes, fala como quem sabe que crescer é desconfortável, ainda que esse desconforto seja intercalado pela delícia suave e intensa das descoberta.